26 de outubro de 2012

V de Vingança - Alan Moore e David Lloyd


Livro: V de Vingança
Autor: Alan Moore e David Lloyd
Editora: Panini Books
Ano: 2012 (ano da minha edição, não da publicação original) 
Sinopse: 
Londres. Cinco de novembro de 1997. 
Numa Inglaterra dominada por um regime totalitário, uma figura misteriosa chamada simplesmente V, usando vestimentas e uma máscara que evocam a imagem de um infame personagem histórico britânico, desponta no horizonte como a única chance de que haja liberdade novamente. Chegou a hora de alguém levantar a voz e dar um basta à situação vigente... 
A poderosa e aclamada obra concebida pelo genial escritor Alan Moore e o excepcional desenhista David Lloyd finalmente ganha uma edição à altura de sua importância, contendo a história completa, esboços originais, notas e uma detalhada explanação do autor sobre a criação desta maravilhosa HQ. 
Comentários: 
Mais um livro que li para o Desafio Literário, que tem me trazido muitas surpresas boas. E nesse mês não foi diferente, tanto que estou quase sem palavras para descrever V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd: acho que o termo que melhor descreveria esse livro seria “ele pode derreter seu cérebro”. Sim é uma profusão de informações, referências, personagens e política que não há possibilidade de se terminar a leitura sem se sentir extasiado, ou perturbado. 
O começo da leitura foi complicado para mim, não pela história, mas pela leitura de uma graphic novel, em que o ritmo é diferente da leitura de romances; mas depois de me acostumar a história flui normalmente e acabou me fisgando até a última página. 
Em V de Vingança, Moore trabalha com a construção de uma Londres “futurista” de 1997 (considerando que a história foi publicada originalmente em 1982 e 83) onde um partido fascista está comandando o governo, em que as pessoas são submetidas a vigilância e após os campos de reabilitação (sim uma alusão aos campos de concentração) onde foram presos negros, comunistas, homossexuais, entre outros. Uma Londres reprimida e totalmente controlada. 
Neste cenário, surge V, um combatente, um revolucionário, um sobrevivente, que vem trazer a esta Londres um novo conceito, a anarquia. 
Os personagens são apresentados conforme a história se desenvolve, moradores, partidários, funcionários do governo e da polícia e por fim Evey Hammond uma adolescente que é salva por V e que irá aprender a ver o mundo de uma nova forma e se tornará parte fundamental de toda a história.
Moore e Lloyd trabalham esses cenários muito bem, mostrando vários personagens que parecem ser secundários ou que não são relevantes na história, mas todos são parte essencial e intrínseca dos acontecimentos e dos planos de V. 
Simplesmente amei, me encantei e ainda há pontos em que sinto que preciso de uma segunda leitura para poder absorver tudo. Recomendo esta graphic novel a todos, uma história cheia de referências e simplesmente completa. Inglaterra triunfa. 

Ps: ao ler preste atenção aos detalhes, nada é pequeno ou dispensável. 
Ps2: Após ler V de Vingança, quero me aprofundar mais em graphic novels, já tenho uma lista das próximas que quero ler. 

“Lembrem, lembrem do cinco de novembro. Que traição, que artimanha. Por isso, não há por que esquecer uma traição tamanha.”p. 16

“Eu sou o demônio e vim realizar uma missão demoníaca” p. 62

20 de outubro de 2012

Listas Aleatórias: Dez Cenas de Musicais

Olá!

Eu e a Dani estamos prestes a ver o musical "A Família Adams" aqui em São Paulo, então pensei "uai, por que não aproveitar essa vibe e preparar um post legal sobre musicais?". Adoro a coisa toda, como do nada as pessoas cantam e dançam e se expressam pela música, que pode ser mais efetiva que qualquer diálogo.

Aqui estão algumas das minhas cenas favoritas em musicais, que sempre coloco no repeat quando assisto:

1- Mein Herr (Cabaret) - A fantástica Liza Minnelli fez uma performance maravilhosa com essa música. Não me canso de ver porque é impressionante como ela se transforma!



2- Singing in the Rain (Cantando na Chuva) - Um filme adorável e uma cena adorável - quem nunca teve vontade de imitar, que atire a primeira pedra!



3- Cell Block Tango (Chicago) - "It was a murder but not a crime!". Vai me dizer que a gente não adora o humor negro na música?





4- La Vie Boheme (Rent) - Um viva à vida boêmia. Adoro Rent, choro toda vez que vejo, mas amo essa cena por representar tão bem os valores da estória.



5- Le Jazz Hot (Victor/ Victoria) - É a diva Julie Andrews se fazendo passar por um homem que se traveste de mulher. Confuso? Não, é absolutamente hilário!



6- You are woman, I am man (Funny Girl) - É difícil escolher uma única cena, porque esse musical é amor demais na vida. Mas escolhi essa porque é fofa e romântica, mas engraçada como só Fanny Brice (e Barbra Streisand) conseguem ser em um dueto com Omar Sharif - "you are woman, i am man - let's kiss!"



7- The Point of no Return (O Fantasma da Ópera) - Aqui também é difícil escolher uma única performance, mas é de se destacar a sensualidade da cena, em que a Christine quase se entrega aos encantos do Fantasma (eu me entregaria sem nem pensar!) - e desculpa, mas seria heresia colocar aqui a versão do filme.



8- America (Amor, Sublime Amor) - Nada mais é que "Romeu e Julieta" em Nova Iorque, em que o casal de namorados pertencem a gangues rivais de "americanos" e porto-riquenhos. E America mostra de forma adorável o sentimento contraditório dos porto-riquenhos na América. Anita, sua linda!


9- Summer Nights (Grease) - Acredito que essa dispensa comentários!



10- I Want you (Across the Universe) - É um musical inteiro só com músicas dos Beatles. Performances estonteantes, mas o que eles fizeram com I want you é poderoso demais - pegar uma música com uma letra aparentemente limitada e dar toda uma roupagem nova! E uma referenciazinha a "Hair", claro.



BÔNUS: Age of Aquarius (Hair) - Não sou a maior fã desse musical, mas é inegável que ele é icônico e essa cena retrata toda uma geração!



6 de outubro de 2012

Listas Aleatórias: Dez inícios de Livros

Olá! Meu nome é Jéssica (Solilóquio a Dois e Autores Anônimos) e fui convidada pela queridíssima Daniele a fazer parte deste espaço com uma coluna de minha escolha a cada quinzena. Como não soube me decidir bem (eram tantas as opções...), resolvi que era mais seguro ir pela aleatoriedade, que nisso eu me acho. Então de tempos em tempos vocês me verão aqui com o "Listas Aleatórias", em que vou tentar trazer um pouquinho de música, cinema, literatura e o que mais me vier em mente, mas no formato de listas que podem ser (ou não) justificadas.

Como todo início precisa de um início, a primeira edição do "Listas Aleatórias" é sobre alguns dos começos de livros que considero inspiradores - começando por um que logo logo estará nos cinemas para total ansiedade da comunidade nerd:

1- "Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto." - O Hobbit, J. R. R. Tolkien

2- "O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.” - Harry Potter e a Pedra Filosofal, J. K. Rowling

3- "Meu cérebro está fervilhando. Centenas de novas idéias borbulham. Elas simplesmente jorram." - O vendedor de Histórias, Jostein Gaarder.

4- "O eterno retorno é uma idéia misteriosa, e Nietzsche, com essa idéia, colocou muitos filósofos em dificuldade: pensar que um dia tudo vai se repetir tal como foi vivido e que essa repetição ainda vai se repetir indefinidamente! O que significa esse mito insensato?” - A insustentável leveza do ser, Milan Kundera.

5- "Lua. Uma lua maravilhosa. Cheia, gorda, avermelhada, a noite clara como dia, o luar inundando a terra e trazendo alegria, alegria, alegria. Trazendo também o rugir da noite tropical, a voz macia e turbulenta do vento uivando nos pêlos do braço, o lamento vazio da luz das estrelas, o grito trincado da luz da lua sobre a água." - Dexter: A mão esquerda de Deus, Jeff Lindsay.

6- "As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira." - Anna Karenina, Liev Tolstói

7- "Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos; aquela foi a idade da sabedoria, foi a idade da insensatez, foi a época da crença, foi a época da descrença, foi a estação da Luz, a estação das Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero; tínhamos tudo diante de nós, não tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto ao Paraíso, íamos todos direto no sentido contrário". - Um conto de Duas Cidades, Charles Dickens

8- "É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, em posse de grande fortuna, deve estar procurando uma esposa." - Orgulho e Preconceito, Jane Austen.

9- "Faltando pouco para eu completar meu décimo sétimo ano de vida minha mãe resolveu que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte." - A culpa é das estrelas, John Green.

10- "Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. Na verdade, cheguei agora a ser maga, e poderá vir um tempo em que tais coisas devam ser conhecidas." - As Brumas de Avalon: A Senhora da Magia, Marion Zimmer Bradley.