28 de junho de 2013

[Livro] O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë

Livro: O Morro dos Ventos Uivantes
Titulo Original: Wuthering Heights
Autor: Emily Brontë
Editora: Abril S.A.
Ano: edição lida de 2010 (edição original de 1947)
Avaliação: 5/5
Sinopse:
Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos.



Comentários:  
Usando o desafio literário para poder ler livros que sempre quis aproveitei o tema desse mês (romance psicológico) para poder ler O Morro dos Ventos Uivantes, obra prima e única de Emily Brontë.
Seguindo mais uma vez a linha dos livros que já tinha estudado e conhecia a história e vários detalhes (assim como em Orgulho e Preconceito) e também comprovei que não há nada como ler uma obra para entender tudo o que dizem sobre ela (no caso de O Morro dos Ventos Uivantes, sobre sua grandiosidade, sua importância para o romance entre outras coisas). 
O que posso dizer foi que tive uma experiência única de leitura com esse livro, fazia muito tempo mesmo que não me envolvia dessa forma com os personagens, todos eles despertaram diversos sentimentos em mim, dos mais contraditórios, e foi isso que me encantou nesse livro, mais do que a história em si, os personagens são de extrema intensidade, não há sentimentos ou personalidades que não exijam um olhar mais apurado. Não que os personagens sejam bons (por sinal uma das coisas que aconteceu durante minha leitura foi mandar uma mensagem para a Jéssica, colaboradora do blog, que já tinha lido o livro antes para perguntar se tinha algum personagem que se salvava), mas eles são profundos, intensos e humanos, em sua pior versão. 
O livro é um romance que vai tratar sobre Heathcliff e Catherine, uma relação que vai marcar tanto os personagens e que vai deixar marca até em suas futuras gerações. Catherine faz parte da família Earnshaw sendo que seu pai um dia traz uma criança que achou abandonada em Liverpool, Heathcliff. Ambos crescem juntos, mas devido a várias circunstâncias Heathcliff acaba por se tornar rude, quase como um empregado, e isso os distancia e faz com que Catherine escolha se casar com Edgar Linton, jovem rico da região e acabando assim por mudar a vida de todos os personagens. 
Sei que o resumo da história foi breve e raso, porém fiz intencionalmente, não por medo de spoiler, mas por que acredito que as nuances têm de ser lidas e encaixadas no contexto para poderem perceber em como elas interferem na narrativa. 
Os personagens como disse antes são uma das partes principais do livro, todos eles são bem construídos e possuem um porquê de estarem na história, não há personagem que não tenha um contexto e que não altere a narrativa de alguma forma. 
O escrita é densa, não é um romance de “amor” mas de obsessão e de loucura, é uma narrativa mais profunda, repleta de diálogos complexos e situações extremas. A história é guiada por vários sentimentos: amor, medo, egoísmo, insegurança, dor, vingança e loucura e com isso se guiam todos os fatos.
Simplesmente amei esse livro, e sinto que por mais que tente não conseguirei transmitir tudo o que sinto por essa obra ou falar sobre a maldade de Heathcliff, a indecisão e egoísmo de Catherine, a placidez de Edgar Linton e as mudanças de Cathy, só posso dizer uma coisa: leiam. 

6 de junho de 2013

[Filme] Somos tão jovens


Título original: Somos tão jovens
Duração: 104 min
Direção: Antonio Carlos da Fontoura
Roteiro: Marcos Bernstein
Distribuidora: Imagem Filmes
Ano: 2013
Avaliação: 4/5
Sinopse: 
Brasília, 1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade, vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia. Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana. (Fonte: AdoroCinema)


Comentários:
Para mim, fã de Renato Russo que não teve oportunidade de aproveitar sua obra enquanto vivo, foi uma experiência muito boa conhecer um pouco mais da vida desse excelente cantor da música brasileira. 
Somos tão jovens é uma produção nacional que irá contar mais sobre a vida de Renato Russo, mais ou menos do fim de sua adolescência até o momento da criação da banda Legião Urbana. 
A produção me deixou bem satisfeita, podemos ver toda a evolução de Renato e todos os traços de sua personalidade, seu egocentrismo, sua revolta e a dificuldade em se encaixar. 

Durante o filme vemos como Renato começou a entrar no mundo da música, a descoberta do punk, a fundação do Aborto Elétrico (primeira banda de Renato), suas composições, sua fase como Trovador Solitário e depois o início do Legião Urbana, o filme é bem focado na trajetória musical do cantor. 
A produção é simples, focada toda em Renato Russo e sua vida em Brasília sem muitas mudanças e cenário e sem muita evolução temporal. Poucos aspectos mais pessoais da vida do cantor são abordados, muitas coisas ficam subentendidas ou com suaves menções, como sua bissexualidade e a relação com Ana (que na verdade representa uma junção de mulheres na vida de Renato) 

Os atores são um comentário a parte, encarnaram totalmente o papel que estavam representando.  Thiago Mendonça fez o Renato e mergulhou tanto no personagem que a semelhança foi muito além do aspecto físico, chegando a identificação mesmo. Era difícil ver que na verdade quem cantava nas cenas era o Thiago, e os outros atores também trazem a vivida memória de quem representavam. 
Um filme para aqueles que tiveram as músicas de Renato embalando momentos de suas vidas.